Segurança da informação no atacado: tudo o que você precisa saber
A segurança da informação é um tema amplamente debatido ao longo dos últimos anos, sobretudo depois da aprovação e início da vigência da Lei Geral de Proteção de Dados, a chamada LGPD.
Desde que os dispositivos dessa nova regulamentação passaram a valer, milhares de empresas de todo o país foram obrigadas a reorganizar sua própria operação na tentativa de conferir um melhor tratamento aos dados pessoais obtidos de clientes. A propósito, devemos lembrar que a lei prevê multas e sanções rigorosas a quem a descumprir.
No entanto, esse não é o único motivo para que as empresas em geral passem a investir em segurança da informação, haja visto o número crescente de novas ameaças nessa área. Com o passar dos anos, grupos criminosos refinaram seus métodos e passaram a agir de forma muito mais qualificada na realização de ataques hackers.
Nesse cenário, é um imperativo para as empresas criarem mecanismos de defesa, protegendo a integridade de seus sistemas. E é justamente por isso que falaremos neste artigo sobre a importância da segurança da informação e de melhores práticas a serem adotadas. Continue a leitura e saiba mais.
O que é segurança da informação?
Atualmente, estamos vivendo o que podemos chamar de Era da Informação. Nesses tempos, a informação é encarada como ativo estratégico, capaz de fundamentar estratégias de negócio, conferir diferenciais competitivos a organizações e ser comercializada como uma moeda de troca.
Em resumo, podemos dizer que a informação, mais do que um ativo, é poder. Logo, medidas relacionadas à segurança precisam ser implementadas.
Para ficarmos apenas com um exemplo prático, imagine que todos os dados de fornecedores de seu atacado distribuidor, do dia para a noite, desaparecessem. Ou, ainda, que todos os registros relacionados a estoque ou folhas de pagamento fossem corrompidos, apagados.
Conseguiu imaginar o tamanho do problema? Ainda que sua empresa seja capaz de se recompor após esse inconveniente, o trabalho envolvido para isso seria gigantesco, levando a grandes prejuízos.
Dito isso, podemos falar de segurança da informação conceitualmente como um conjunto de boas práticas, softwares, hardwares e peoplewares que uma empresa deve aplicar para assegurar a proteção de dados.
É muito importante tratar desse conceito, pois quando falamos em segurança da informação, muitos gestores imaginam que todo o esforço nessa área se resume ao investimento em um bom antivírus. No entanto, como veremos a seguir, o trabalho vai muito além disso.
Quais as principais ameaças relacionadas à segurança da informação?
Vejamos um breve resumo sobre as principais ameaças à segurança da informação.
Ataques hackers
Quando falamos em segurança da informação, a primeira coisa que nos vem à mente são ataques hackers, não é mesmo?
Essa percepção se justifica pelo crescente número de ações de grupos criminosos tendo empresas como alvo. A partir de métodos variados, eles invadem os servidores de organizações de diferentes segmentos e portes, seja para roubar dados pessoais de clientes, acessar informações sigilosas ou simplesmente prejudicar a operação do negócio.
Em casos recentes, tivemos até mesmo denúncias relacionadas ao sequestro de informações. A partir do uso de malwares, criminosos criptografam o conteúdo de um servidor ou computador pessoal, disponibilizando as chaves criptográficas às vítimas somente depois da realização de um pagamento, que deve ser feito em Bitcoin. Dessa forma, os hackers não podem ser identificados.
Integridade de dados
A integridade dos dados é outro ponto importante a ser mencionado. Afinal, mesmo que sua empresa não seja alvo de grupos criminosos, qualquer problema relacionado à guarda das informações representa uma ameaça à sua operação.
É comum, por exemplo, que empresas enfrentem problemas com servidores, perdendo dados importantes. Em muitos casos, isso se deve à falta de parâmetros adequados no tratamento e guarda das informações.
Na tentativa de gerenciar esse tipo de risco, um recurso bastante empregado é a computação em nuvem em substituição aos servidores tradicionais. Trata-se de uma forma de garantir a segurança dos dados (salvos na nuvem e não em meio físico) e melhor gerenciar as condições de acesso a eles.
Confiabilidade
No ano de 2021, a notícia sobre um vazamento de dados chocou o país. Informações de mais de 220 milhões de brasileiros (número contempla falecidos), incluindo nome, CPF, renda e endereço, foram disponibilizados na internet.
Suspeita-se que a base de dados violada seja da Serasa Experian, órgão de proteção de crédito conhecido justamente por reunir informações dessa natureza de praticamente toda a população brasileira.
O evento esquentou o debate sobre a proteção de dados pessoais por parte das empresas, levantando uma série de questionamentos sobre o quão confiável são os parâmetros de segurança utilizados pelo mercado como um todo.
Para a Serasa, por exemplo, restou a obrigação de gerenciar uma crise de confiança sem precedentes junto a seus clientes e parceiros. Afinal, a impressão consolidada é de que a empresa não investiu o suficiente em cibersegurança.
E embora estejamos falando de uma grande empresa, o acontecido deve servir de lição para qualquer negócio. O gerenciamento de informações pessoais de clientes é uma atividade que não pode ser negligenciada.
Dicas fundamentais para garantir a segurança da informação no atacado distribuidor
Vejamos, então, quatro dicas fundamentais para garantir a segurança da informação no atacado distribuidor.
Crie políticas de segurança
Feita a identificação de dados considerados críticos pelo atacado distribuidor, é preciso uma Política de Segurança Interna (PSI) como forma de proteção a eventuais ameaças.
Uma PSI consiste em uma série de orientações e normas no tratamento e acessos de informações corporativas. Entre os pontos tratado pela política de segurança, devemos ter:
- hierarquia para acesso aos dados;
- informação a gerenciar e seus tipos;
- mapeamento de riscos;
- consequências de eventuais vazamentos;
- possíveis vulnerabilidades da infraestrutura;
- melhores práticas de segurança a serem adotadas.
A complexidade da Política de Segurança Interna dependerá da dimensão da estrutura de TI do atacado distribuidor. Ao final, o documento deve ser compartilhado entre todos os colaboradores, que ainda devem passar por treinamentos, conforme veremos a seguir.
Programe treinamentos com a equipe
Nem todos os funcionários de uma empresa contam com um conhecimento consistente de TI. Se formos pensarmos naqueles com alguma familiaridade com práticas de segurança, o número ainda cairá drasticamente.
Devemos também mencionar que, quanto maior o número de colaboradores e mais complexa for a operação do atacado distribuidor, maiores são os riscos de segurança envolvidos. Daí a necessidade de se promover treinamentos com a finalidade de implementar protocolos de boas práticas.
Com a ajuda de especialistas, avalie quais tópicos merecem ser abordados nos treinamentos e formações. E no caso de identificação de problemas de segurança a partir de vulnerabilidades de segurança criadas pelos próprios colaboradores, utiliza este evento como exemplo. As situações práticas auxiliam os usuários a identificarem o que não pode ser feito no dia a dia.
Realize rotinas de backup
Uma das maiores proteções contra a perda massiva de dados é a rotina de backup. Afinal de contas, é a partir desse trabalho que sua empresa poderá garantir a guarda das informações com segurança.
Contudo, algumas organizações não dão a devida importância para essa prática e acabam pagando caro por isso. O backup não deve ser realizado de qualquer maneira. É preciso seguir todas as boas práticas para garantir que em caso de necessidade a cópia esteja funcional para a recuperação.
O ideal é criar uma rotina de backup que contenha cópias em mais de um local, realizando o processo periodicamente, com menor intervalo para dados críticos e com testes de recuperação constantes.
Tenha um plano de contingência
Um plano de contingência é aplicado quando a empresa é vítima de um ataque ou de um evento inesperado relacionado a segurança das informações e precisa dar continuidade às suas operações da melhor maneira possível.
Esse plano deve levar em conta quais os cenários possíveis de violações e quais as principais medidas a serem colocadas em prática em caso. Essas medidas devem visar a continuidade da operação dos sistemas e o bom andamento dos fluxos de trabalho.
Em cenários como esses, todos os setores do atacado distribuidor devem saber como agir, garantindo, sobretudo, a proteção de dados críticos.
Gostou de saber mais sobre segurança da informação no atacado distribuidor? Como você mesmo pôde conferir, trata-se de um tema da maior relevância para os gestores de qualquer negócio.
Por isso, se sua empresa ainda não investe o suficiente no setor ou precisa passar por uma reestruturação, comece a avaliar quais medidas devem ser tomadas a partir das informações apresentadas aqui.
E para continuar acompanhando conteúdos direcionados para a gestão do atacado distribuidor, convidamos você a conferir mais um artigo diretamente do blog da MaximaTech. Desta vez, o tema é: LGPD: ENTENDA OS IMPACTOS DA LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS PARA DISTRIBUIDORES.
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