12 indicadores de performance para o atacado distribuidor
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Os indicadores de performance são fundamentais no atacado distribuidor. Eles, compostos por métricas, são úteis no momento em que se transforma informação em conhecimento durante processos analíticos.
De uma maneira ampla, é por meio dos indicadores que os gestores e seus analistas liderados visualizam o negócio (como um todo ou por áreas específicas) de maneira substancial.
Isso porque fornecem dados parâmetros concretos, gerando insights acionáveis que amparam decisões estratégicas.
Vamos refletir em profundidade sobre isso?
Continue lendo, pois aqui vamos te mostrar:
- o que são indicadores de performance aplicados ao mercado atacadista distribuidor;
- por que é importante definir e acompanhar indicadores de performance neste setor;
- quais são os principais indicadores de performance para o atacado distribuidor;
- como aproveitar a tecnologia para ter mais controle sobre os indicadores de performance no atacado;
- e muito mais!
O que são indicadores de performance?
Os indicadores de performance são medidas compostas por métricas, normalmente usadas para dimensionar o sucesso de atividades e objetivos de uma organização. Eles quantificam o progresso em direção aos resultados pretendidos.
Também é válido pontuar que os indicadores de performance fornecem um foco para melhoria estratégica e operacional, criam uma base analítica para tomada de decisão e ajudam a direcionar a atenção ao que mais importa.
Estamos falando, portanto, de parâmetros dimensionáveis para a eficiência e a eficácia dentro de uma empresa. Isto é, de números, taxas e índices que proporcionam uma visão objetiva do que está funcionando e em quais pontos é preciso realizar melhorias, sejam elas no nível da operação ou em frentes tático-estratégicas.
No detalhe, a única maneira de conseguir enxergar o negócio além da sua aparência superficial é através dos indicadores de performance.
Para exemplificar: 3 frentes amplas de aplicação de indicadores de performance corporativa
Na maioria das vezes, os indicadores de performance são divididos em três grandes grupos; eles abrangem os ciclos operacional, financeiro e econômico. Dessa forma, proveem, por exemplo, o entendimento do quão positivo ou negativo é o fluxo de caixa — especificamente, via aferições do capital de giro.
Neste caso, temos o ciclo econômico como o tempo em que o seu produto fica em estoque, desde o momento da entrega até sua venda. Cada produto tem o seu, é claro, mas uma média simples pode ser calculada para a criação de um índice que vai interagir com todos os ciclos e trazer mais informações sobre o capital de giro.
Esse indicador de performance também facilita a montagem de estoques e a verificação da saída de produtos-chave.
O ciclo operacional, por sua vez, engloba desde a estocagem da mercadoria até a venda e recebimento por ela.
Quando se tem o conhecimento sobre o tempo necessário para um produto ser vendido — seu Ciclo Econômico —, e em quanto tempo será recebido o dinheiro por essa venda, a estratégia de compras e ações se torna muito menos dependente do capital de giro e, consequentemente, sua operação se torna mais assertiva.
Já o ciclo financeiro está relacionado com o pagamento dos fornecedores e o recebimento pelos produtos vendidos. Com ele bem estabelecido, torna-se mais fácil visualizar as condições de crédito da empresa e tomar decisões baseadas nisso.
Qual a importância dos indicadores de performance no atacado distribuidor?
No atacado distribuidor, um mercado amplamente concorrido e atravessado por flutuações macroeconômicas, entre outros desafios, os indicadores de performance são indispensáveis.
É somente por meio deles que se tem um olhar crítico, tangível (quantificável) sobre pontos como a situação atual do negócio como um todo e o desenvolvimento de cada área. Além disso, a raiz de problemas específicos e seus impactos, bem como direcionamentos para mitigá-los ou erradicá-los.
Tomada de decisões estratégicas
No setor atacadista e distribuidor, onde operações complexas e margens apertadas predominam, a visibilidade sobre indicadores de performance permite que gestores tomem decisões embasadas em dados e não em intuições.
Ao conhecer detalhadamente o giro de estoque e o índice de pedidos completos, por exemplo, eles têm uma visão precisa sobre o fluxo de mercadorias e o atendimento ao cliente.
Além disso, conseguem identificar gargalos operacionais e direcionar as equipes para a realização de ajustes em tempo hábil — antes que se tornem problemas maiores.
Já ao medir indicadores de performance de vendas e margens, os distribuidores conseguem planejar com mais eficiência a alocação de recursos e investimentos. Afinal, eles têm agilidade e, com antecipação, flexibilidade para ajustar suas estratégias em resposta às demandas do mercado.
Aprimoramento de processos
Indicadores de performance também são úteis no esforço contínuo de aprimoramento dos processos. Por exemplo, ao se acompanhar métricas como o tempo de ciclo de recebimento e o índice de retorno de mercadorias, é possível localizar áreas onde os fluxos de trabalho precisam ser otimizados.
Não raro, ao se fazer uma análise aprofundada do tempo médio de entrega, descobre-se a necessidade de melhorias na logística. Com isso, os decisores podem agir rapidamente — seja por meio de novas parcerias com transportadoras ou da otimização da disposição de produtos no armazém.
Esse monitoramento também ajuda a confirmar o que está funcionando e, portanto, pode ser replicado em outras frentes do negócio.
Melhoria contínua
O monitoramento constante de indicadores de performance torna real a melhoria contínua, pois provê uma visão abrangente do negócio; de seus pontos fortes e fracos.
Ao acompanhar indicadores de eficiência operacional, como o índice de utilização de ativos e a taxa de ocupação de espaço, os gestores têm insumos objetivos nos quais se apoiar na hora de implementar mudanças.
Por exemplo, identificando uma alta taxa de estoque obsoleto, conseguem inferir que é preciso atualizar o planejamento de compras. Isso porque, em muitos casos, ele não está devidamente alinhado com a demanda do mercado, reverberando inclusive nas práticas de gestão de estoques.
Ganho de competitividade
Tudo isso, invariavelmente, favorece o aumento da rentabilidade.
Afinal, são melhorados os processos internos e há parâmetros concretos para que o olhar sobre o mercado seja permeado por dados e informações.
A própria busca por meios de diferenciação da concorrência deixa de ser intuitiva ou baseada em suposições ou análises superficiais.
Em suma, a melhoria da satisfação do cliente, entre outras frentes, é uma consequência direta do acompanhamento eficaz de indicadores de performance. Isto é, com o nível de serviço elevado, os custos são reduzidos, vende-se mais e as margens de lucro são melhoradas, proporcionando maior retorno sobre os investimentos.
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1. Giro de estoque
O giro de estoque é um dos indicadores de performance mais importantes para o atacado distribuidor, uma vez que este é um modelo de negócio que movimenta grandes movimentações de mercadorias.
Ele é a definição de um estoque médio — um padrão para abastecimentos — e quantas vezes esse ele é adquirido.
Vamos supor que, para um produto específico, você costuma comprar uma quantidade X a cada 15 dias. Se em um semestre passou a comprar 2X nesse período de tempo, isso significa que seu giro de estoque aumentou, então, as vendas estão crescendo.
No detalhe, o giro de estoque permite entender as variações para mais ou menos das compras dos seus produtos, e isso traz muitas informações relacionadas a indicadores de desempenho da loja, do mercado e, é claro, do atacado distribuidor.
2. Indicador de avarias
Como o próprio nome sugere, o indicador de avarias mede o percentual de produtos que sofrem danos durante o armazenamento ou transporte.
Monitorar esse indicador é muito importante no atacado distribuidor, pois avarias impactam a margem de lucro e afetam a satisfação do cliente.
Basicamente, um alto índice de avarias pode revelar falhas no manuseio ou na logística, indicando a necessidade de melhorias nos processos de embalagem, armazenamento e transporte.
Ao monitorá-lo, você consegue identificar pontos críticos e implementar ações para minimizar os danos, preservando a integridade dos produtos e a confiança dos clientes.
3. Indicador de tempo de entrega
O tempo de entrega mede o espaço temporal médio que a empresa leva para entregar os produtos desde o momento em que o pedido é recebido até sua chegada ao cliente.
Esse indicador ajuda a avaliar a eficiência logística e a capacidade de atender às expectativas dos clientes.
Neste sentido, um tempo de entrega otimizado pode reduzir custos operacionais, como armazenamento e transporte. Isto é, se sua empresa conseguir manter um tempo de entrega curto e confiável, a tendência é que ela se destaque no competitivo mercado atacadista.
4. Taxa de devoluções
A taxa de devoluções indica a porcentagem de produtos que são retornados pelos clientes devido a defeitos, erros ou insatisfação. É um indicador de performance da cadeia de suprimentos, bem como da qualidade das mercadorias e até da comunicação com os compradores.
Quando há uma alta taxa de devoluções, é sinal de que é preciso revisar os processos de controle de qualidade, a precisão dos pedidos ou as descrições dos produtos.
Em síntese, reduzir essa taxa é fundamental para manter a satisfação do cliente e minimizar perdas financeiras associadas a pedidos ou produtos devolvidos.
5. Tempo de ciclo do pedido
O tempo de ciclo do pedido refere-se ao período que abrange desde o recebimento do pedido até a sua conclusão, incluindo processamento, separação, embalagem e envio.
Este indicador ajuda avaliar com mais precisão a eficiência operacional de um atacadista distribuidor.
Basicamente, um tempo de ciclo longo pode indicar ineficiências nos fluxos internos de trabalho, resultando em atrasos.
Por isso, monitorá-lo e otimizá-lo é essencial para atingir boa agilidade e capacidade de resposta da empresa, além de aumentar a satisfação do cliente e a competitividade mercadológica.
6. Tempo de atraso
O tempo de atraso mede a diferença entre o prazo acordado para a entrega e o momento em que o pedido foi efetivamente entregue. Ele dimensiona a confiabilidade da cadeia logística e a capacidade do atacadista de cumprir seus compromissos com os clientes.
Atrasos frequentes podem resultar em penalidades contratuais, perda de vendas e danos à reputação da empresa. Por isso, deve-se ter esse indicador sempre bem monitorado, e trabalhar para garantir um alto nível de serviço.
7. OTIF (On Time and In Full)
O OTIF é a abreviação de On Time, In Full, um indicador de desempenho que demonstra a porcentagem de pedidos entregues no prazo e com a quantidade correta.
Ele é um reflexo direto da eficiência e precisão das operações logísticas e de atendimento ao comprador.
Se é alto, sua empresa está conseguindo atender os pedidos de forma consistente e conforme as expectativas dos clientes; se for baixo, é sinal de que há problemas em várias etapas do processo, desde a gestão de estoques até a entrega.
→ No vídeo a seguir, confira mais detalhes:
8. Margem de contribuição
Outro indicador de performance importante para o atacado distribuidor, a margem de contribuição revela quanto a empresa ganha com cada produto vendido, após deduzir os custos diretos.
No setor atacadista distribuidor, onde as margens costumam ser apertadas, esse indicador permite avaliar a rentabilidade de cada item no portfólio.
No detalhe, uma análise detalhada da margem de contribuição permite que a empresa identifique quais produtos são mais lucrativos e quais podem estar prejudicando a rentabilidade.
Essa informação, portanto, é essencial para a tomada de decisões estratégicas sobre precificação, promoção e gestão de portfólio.
9. Nível de serviço ao cliente
O nível de serviço ao cliente mede a capacidade da empresa de atender às necessidades e expectativas dos compradores, englobando desde a precisão dos pedidos até a atenção pós-venda.
Esse indicador também provê entendimento da percepção do cliente sobre a qualidade do serviço oferecido.
Vale também pontuar que um alto nível de serviço é frequentemente associado à fidelização de clientes, enquanto um baixo nível pode resultar em perda de mercado.
Monitorar esse indicador, portanto, permite que a empresa identifique áreas onde pode melhorar a experiência do cliente, desde a rapidez no atendimento até a resolução de problemas.
10. Custo logístico por pedido
O custo logístico por pedido é um indicador que mensura todas as despesas associadas ao processamento, armazenamento e entrega de um pedido.
Para o atacado distribuidor, onde a eficiência operacional é chave, manter esse custo baixo é fundamental; ele, sob controle, assegura a competitividade.
Deve-se, portanto, fazer um acompanhamento rigoroso desse indicador, especialmente objetivando visualizar oportunidades para otimizar rotas de entrega, melhorar a eficiência do armazém ou renegociar contratos com transportadoras.
Além disso, reduzir o custo logístico por pedido, sem comprometer a qualidade do serviço, pode resultar em uma maior margem de lucro.
11. Rotatividade de funcionários (turnover)
O turnover é um indicador que mede a frequência com que os empregados deixam a empresa e são substituídos.
No setor atacadista e distribuidor, uma alta rotatividade pode indicar problemas com a cultura organizacional, condições de trabalho ou remuneração. Além disso, invariavelmente gera custos adicionais relacionados à contratação e treinamento de novos colaboradores.
Como em todos os outros setores, manter a rotatividade sob controle é essencial no atacado distribuidor.
Isso porque é preciso garantir a continuidade das operações e preservar o conhecimento acumulado na equipe, o que, por sua vez, contribui para a eficiência e qualidade do serviço.
12. Tempo Médio de Atendimento (TMA)
Por fim, temos o Tempo Médio de Atendimento (TMA), um indicador de performance que dimensiona o tempo médio gasto para atender um cliente desde o primeiro contato até a resolução completa da solicitação.
Este indicador ajuda a avaliar a eficiência do atendimento ao cliente e a capacidade da empresa de resolver problemas de forma rápida e eficaz.
Logo, um TMA baixo geralmente está associado a um alto nível de satisfação do cliente, enquanto um TMA elevado pode indicar a necessidade de melhorias nos processos de atendimento.
O recomendado, portanto, é reduzir o TMA, pois isso resultará em clientes mais satisfeitos e em uma maior fidelização, além de liberar recursos para outras atividades estratégicas.
Como a tecnologia pode te ajudar a ter mais controle sobre os indicadores de performance para atacado?
No atacado distribuidor, um mercado cada vez mais competitivo, a precisão e a agilidade no acompanhamento de parâmetros de mensuração são fundamentais para manter a eficiência operacional e estratégica.
Por isso, as soluções tecnológicas são fundamentais. Elas oferecem ferramentas robustas que facilitam e automatizam o acesso aos dados que compõem indicadores e métricas.
Gestores podem acompanhar o desempenho de suas operações de forma contínua, identificando rapidamente qualquer desvio que possa comprometer os resultados.
No detalhe, bons sistemas integram dados de diferentes áreas, como logística, vendas e estoque, proporcionando uma visão holística do negócio. Assim, é possível tomar decisões mais informadas e embasadas em dados precisos, eliminando a necessidade de depender de estimativas ou suposições.
A automação é outro benefício significativo que a tecnologia traz para o monitoramento de indicadores de performance.
Processos que antes demandavam muito tempo e esforço manual agora podem ser realizados de forma automática. Por exemplo, o cálculo do giro de estoque ou da taxa de devoluções pode ser feito de maneira instantânea.
Isso economiza tempo, além de reduzir o risco de erros humanos, garantindo que as informações utilizadas sejam sempre confiáveis.
Além disso, sistemas de gestão integrada desenhados sob medida para atacadistas distribuidores permitem a configuração de alertas automáticos para quando determinados indicadores atingirem níveis críticos.
Dessa forma, os gestores podem agir proativamente, antes que pequenos problemas se transformem em grandes crises. Essa capacidade de resposta rápida é essencial em um ambiente onde as demandas do mercado mudam constantemente e qualquer atraso na reação pode significar a perda de clientes para a concorrência.
Outro ponto importante é a facilidade de acesso aos dados.
Com a tecnologia certa, as informações estão disponíveis a qualquer momento e em qualquer lugar, por meio de dispositivos móveis. Isso garante que os gestores possam monitorar o desempenho de suas operações, mesmo quando não estão fisicamente presentes na empresa.
A integração entre sistemas também é uma grande vantagem.
Boas soluções tecnológicas permitem que diferentes softwares se comuniquem entre si, centralizando as informações em um único ambiente. Isso facilita a análise comparativa de diferentes indicadores e ajuda a identificar correlações que normalmente passam despercebidas.
Por fim, é importante destacar que a tecnologia facilita mais que o monitoramento de indicadores: ela contribui para a melhoria contínua dos processos. Consequentemente, favorece o ganho de competitividade.
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Em resumo
O monitoramento de indicadores de performance é indispensável para o sucesso no setor atacadista distribuidor.
Somente com esse controle tático de dados e métricas é possível dimensionar o que está funcionando e o que precisa ser melhorado. Preferencialmente, em tempo hábil, permitindo reconfigurações de rota que ajudem o negócio a lidar com a dinamicidade do mercado.
A boa notícia é que ao contar com plataformas tecnológicas adequadas, atacadistas distribuidores conseguem facilmente acompanhar indicadores de performance. E, mais que isso: potencializam a inteligência de dados, obtendo insights acionáveis em cada análise realizada.
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